sábado, 22 de janeiro de 2011
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Se houver céu......
domingo, 20 de dezembro de 2009
Me perdoe padre....

terça-feira, 17 de novembro de 2009
Coming Soon: First Feature Documentary About The Doors
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Não queira comparar o seu carro com o meu....
Não queira ter uma relação com seu carrão cheio de botões, reboque cromado para não puxar nada, flex powers, trios elétricos, fly by wire, e ABS igual à que eu tenho com os meus. Você vai perder.
Meus carros têm nome, eu converso com eles e entendo o que se passa no seu coração. Ninguém olha para você nesse esquife filmado com vidros escuros como o breu. Para mim, todos olham e acenam.
Se o seu carrão pifar no meio da rua, ou numa estrada no fim do mundo, ninguém vai parar para te ajudar. E se alguém se aproximar, você vai achar que é ladrão. Se um dos meus estancar no meio da avenida mais movimentada de São Paulo , vem um monte de gente para empurrar. E é o pai de um que teve um igual ao meu, o tio do outro que dirigia um táxi idêntico, a avó de um terceiro que ainda tem o seu guardado na garagem que só usa para ir à feira, e se eu não souber o que fazer para ele pegar de novo, alguém saberá.
Meu kit de sobrevivência nas ruas é barato. Um joguinho de ferramentas, desses que se compram em camelôs, com uma chave de fenda, um alicate, algumas chaves de boca. Um frasco com gasolina para jogar no carburador de vez em quando, um galão de água para refrescar o radiador. Oh, que coisa mais primitiva, dirá você.
OK. Tenha uma pane no seu carrão eletrônico para ver o que acontece. Nem tente abrir o capô. Você não sabe o que tem lá dentro. Cuidado, ele pode te engolir. Torça para o celular estar com o sinal pleno e chame um guincho, a seguradora, o papa. Sente e espere. Seu carrão só vai funcionar de novo quando conectarem um laptop nele. E prepare o talão de cheques.
Meus carros, não. Têm carburadores, distribuidores, diafragmas, bobinas e velas, tudo à vista. Sei quando o piripaque é na bomba de gasolina. Sei quando é sujeira da gasolina. Sei assoprar um giclê. Sei onde fica o giclê. Aliás, sei o que é giclê. Procure algo parecido na sua injeção eletrônica.
Seu carro é um emérito desconhecido, sem história ou currículo. Os meus têm 40 anos ou mais, já passaram por muita coisa nessa vida, e quando saíram de uma concessionária, décadas atrás, estacionaram na garagem de alguém em forma de sonho realizado. Carro fazia parte da família, antigamente.
Ah, mas o meu tem ar-condicionado, disqueteira e controle de tração, dirá você. Sim, mas você nunca terá o prazer de dirigir de vidros abertos e cotovelo para fora da janela, meu rádio toca as mesmas músicas, e não me faça rir com o seu controle de tração. Quantas vezes ele foi necessário?
Além do mais, existe um negócio chamado prazer. Prazer de ter algo que lhe é caro e precioso, mesmo que não valha muita coisa. Carros iguais ao seu todo mundo tem. Vejo aos milhares todos os dias, e nenhum deles tem a cara do dono. Os meus têm. E quando eles quebram, eu mesmo conserto. E eles me agradecem andando de novo, fazendo com que as pessoas sorriam quando passam, fazendo barulho e soltando fumaça.
Não há nada como um automóvel que faça alguém sorrir.
Flávio Gomes
http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Aqui não jacaré....
sábado, 8 de agosto de 2009
Nkosi sikelel' iAfrika
Maluphakanyisw' uphondo lwayo,
AYizwa imithandazo yethu,
Nkosi sikelela, thina lusapho lwayo.
Uit die diepte van ons see,
Oor ons ewige gebergtes,
Waar die kranse antwoord gee,
And united we shall stand,
Let us live and strive for freedom,
In South Africa our land.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Soy loco por ti América!
terça-feira, 30 de junho de 2009
"Neda morreu nas minhas mãos"
Estavam ali de pé, em uma espera tensa, quando se ouviu o que parecia um disparo. Um amigo o tranquilizou, dizendo que deviam ser balas de borracha. Mas ele se virou e viu Neda despencar. "Ela girou a cabeça para olhar a ferida e pôs a mão no peito. Só vi surpresa em seu rosto e em seguida perdeu o controle. Pressionei a ferida. Pelo que vi, a bala atingiu sua aorta e os pulmões. Quando a aorta é afetada, o sangue escapa do corpo em menos de um minuto. Não se pode fazer nada. Ela não disse uma palavra. Morreu nas minhas mãos", acrescenta.Voltou ao seu escritório para se lavar. "Estava assombrado e furioso, preocupado e triste. Como médico, já tinha visto a morte antes muitas vezes, e gente ferida de bala, mas nunca tive esses sentimentos. Não era só por sua morte, mas pela injustiça e pelo olhar penetrante de seus olhos enquanto sua vida se esvaía."Então percebeu o perigo que havia ocorrido. "Pensei que esse disparo podia ter me atingido, que aquele que o fez poderia ainda estar ali e disparar outra vez. Senti medo da morte e achei ruim pensar em mim nesse momento. Tive um profundo sentimento de culpa por não ter conseguido salvá-la e estar pensando em mim mesmo. Não pude dormir nas três noites seguintes. Pensava naquele olhar, em seus olhos. Não tive tempo de dizer nada. Aquele olhar, como que me perguntando como isso podia ter acontecido. Um olhar muito inocente.""Não fui para casa nessa noite, mas para a de meus pais. Não podia falar sobre aquilo. De repente apareceu a imagem na televisão. Não me lembro se foi na CNN ou na Al-Jazira. Eu disse: 'Esse sou eu'. E eles ficaram pasmos. Não desejo a ninguém que tenha de passar por uma experiência como essa."